Assunto do mês

 

Fogos florestais

              

        É nos meses em que se faz sentir mais calor que os fogos florestais devastam áreas de grande importância quer a nível económico, social e ambiental. É nesta altura que a atenção dos meios de comunicação e da população recai sobre a floresta mas pelo pior dos motivos: a sua destruição. Em Portugal, cerca de 98% dos incêndios é de origem antrópica. Estamos a falar de um universo de mais de 20 000 incêndios que ocorrem todos os anos no nosso país, um valor perfeitamente absurdo, o qual contribui para uma dispersão desastrosa dos meios de combate, apenas justificável pelo completo alheamento dos cidadãos relativamente a este problema.

        De acordo com as estatísticas das Brigadas de Investigação de Incêndios do Corpo Nacional da Guarda Florestal, o número de incêndios com origem no comportamento negligente da população e das instituições constitui uma percentagem cerca de 39%, enquanto que causas criminosas cerca de 26%. No entanto, não é esta a percepção da população, o qual é levado a pensar que a grande maioria dos incêndios  têm uma origem criminosa. Tal percepção errada da realidade contribui para afastar ainda mais os cidadãos do problema dos incêndios florestais.

       A forma como os incêndios florestais são apresentados ao cidadão, demonstra que os mesmos são uma fatalidade contra a qual pouco ou nada se pode fazer. Mas esta é uma ideia errónea porque se houver consciência de que a floresta é essencial á vida na terra e sem estes espaços verdes nada pode viver, se houver prevenção e cuidado podemos obter uma diminuição da intensidade destes fogos. Por isso não podemos ficar de braços cruzados…há que agir… porque a Floresta é de todos e de todos deve merecer a melhor atenção na sua protecção e conservação.

                                      

 

COMO COMBATER O FOGO

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Não faça fogueiras em zonas florestais de alto risco, especialmente no Verão

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Não deixe em lugar nenhum pontas de cigarro acesas

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Não deite foguetes em locais expostos à propagação do fogo

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Não abandone lixo ou desperdícios que possam favorecer a propagação do fogo

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Não tente chegar a todo o lado de carro: o contacto do tubo de escape com a folhagem seca pode iniciar um incêndio. Não seja passivo ante as responsabilidades dos outros. Se as pessoas irresponsáveis persistirem, denuncie-as às autoridades

SE O FOGO JÁ COMEÇOU

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Mantenha a calma e actue com normalmente. Tente extinguir o fogo, se o tamanho e intensidade do mesmo o permitirem. Atire água para a base das chamas e para as suas imediações. Utilize rama verde para golpear as chamas e cubra-as com terra

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Tenha sempre em atenção uma saída, para não ficar cercado

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Se conseguir apagar o incêndio, não abandone de imediato o local. Certifique-se de que o fogo está mesmo extinto. Podem ter ficado brasas que mais tarde reiniciarão o incêndio.Chame os bombeiros ou a polícia e informe-os do local onde se deu o incêndio

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Se a extinção do incêndio não for fácil e imediata, abandone a zona pelo trajecto mais seguro, em função da direcção e da velocidade do vento. Dirija-se ao lugar mais próximo de onde possa chamar os bombeiros

TENHA SEMPRE EM CONTA QUE...

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O fogo tende a subir mais rápido do que parece. Não se situe em cotas altas do terreno nem no sentido do vento. Considere estes factores antes de decidir por uma rota se saída

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As zonas mais baixas de um terreno podem actuar como chaminés em caso de incêndio. O calor e o fumo são armadilhas mortais

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Se for rodeado pelas frentes do incêndio, e não houver água perto, ponha-se no chão atrás de uma rocha ou elevação e espere que a vegetação em seu redor seja queimada. Não fuja pelas chamas se não conhecer a sua extensão. Fuja por zonas já queimadas

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Se estiver dentro de uma casa, feche portas e janelas, tape as frestas com panos molhados e espere a chegada de socorro. Retire cortinas e cortinados

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Se as chamas se pegarem à roupa de uma pessoa não a deixe correr. Faça-a rolar no chão, cubra-a com uma manta ou terra

MOTIVOS QUE IMPELEM CERTOS INDIVÍDUOS AO INCENDIARISMO:

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Interesse económico pessoal
• Queima-se a propriedade do vizinho para proteger a própria propriedade.
• Queima-se porque alguém pagou para isso.
• Queima-se para melhorar as pastagens e coutadas.

 

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Interesse económico indirecto
• Para obrigar a população a vender madeira.
• Para destruir pragas.
• Para obter trabalho no local.
• Para desvalorização de um terreno.

 

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Objectivo ou satisfação pessoal
• Por desrespeito ou inveja em relação a outros proprietários.
• Por conflitos com os vizinhos.
• Pela convicção de que é bom que as matas ardam.
• Impulsos pessoais e embriaguez.

 

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Perturbações mentais e/ou imaturidade
• Pirómanos.
• Diminuídos mentais.
• Crianças

 

GEOCID

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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A seca em Portugal

 

    

 

     Portugal atravessa um período de seca, desde Dezembro último. A chuva que caiu nos últimos dias não resolveram o problema nem alterou os níveis de armazenamento das barragens do país, ou seja, foi insuficiente para inverter a tendência de seca.
     Apesar de nas últimas semanas a situação ter melhorado no Norte e Centro do país com a chuva dos últimos dias de Março, ainda assim, no final desse mês, 26% do território nacional estava com classificação de seca fraca. Duas semanas antes, 88% do país estava com classificação de seca extrema ou grave. Algarve, Alentejo e distrito de Lisboa, a situação continua má, devido ao facto de chover pouco.
     A seca tem causado grandes impactos sobretudo nas actividades agrícolas, pois causa o esgotamento de stocks de palhas, de fenos e de silagens na maioria das explorações agrícolas e, por isso, o recurso anormal a rações industriais e aquisições de palhas e fenos no exterior do país, a preços muito elevados. Se não chover ainda este mês, as consequências podem ser dramáticas também noutros sectores, tais como, a economia, o ambiente, fogos e o abastecimento de água às populações.
     O número de habitantes afectados por problemas de abastecimento de água devido á seca subiu cerca de 5 mil, no ultimo mês, para 32 mil. Os problemas mais significativos foram identificados em pequenos aglomerados, geralmente servidos por origens de água subterrâneas, nos distritos de Beja, Guarda, Viseu e Bragança.
     Em Bragança, todo o concelho está abrangido nas dificuldades de abastecimento, indicando-se como medidas de mitigação a procura de origens de água alternativas e campanhas de sensibilização.
     Os portugueses têm que se habituar á persistência destas situações. Mais importante têm que fazer uma gestão eficiente dos recursos hídricos nos períodos entre as secas, e esta é a forma de prevenir secas com alguma severidade, que são fenómenos naturais com tendência para ir persistindo.

     Temos de saber agir com um bem que é escasso. Desperdiçamos água de forma constante mesmo nos anos em que deveríamos reservá-la. Assim apelamos aos cidadãos a apostar na poupança e no combate ao desperdício de água, desafiando deste modo, a alterar comportamentos e a fazer algumas remodelações em casa.

MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO DOS EFEITOS DAS SECAS

 A prevenção e a minimização dos efeitos de uma seca passa também pela alteração do comportamento individual de cada pessoa no que respeita ao consumo de água antes e durante a evolução de uma seca. A água é um recurso natural limitado e essencial à vida. A sua conservação deve merecer-nos, em qualquer altura, certos cuidados. Medidas simples e adequadas contribuem para uma gestão equilibrada do consumo de água:

Em situação normal

marca Manter toda a canalização doméstica em bom estado por forma a não haver perdas nas torneiras, nos autoclismos, nos esquentadores, nas máquinas de lavar e nas junções;
 
marca Instalação de reguladores de caudal nas torneiras;
 
marca Instalação de autoclismos com sistemas de redução de volume de água para descarga;
 
marca Evitar os banhos de imersão e tomar duches rápidos;
 
marca Usar apenas a água indispensável nas outras lavagens de higiene pessoal, mantendo tapado o orifício da bacia;
 
marca Não deixar a água correr durante a lavagem dos dentes;
 
marca Lavar a roupa ou a loiça nas máquinas, com a respectiva carga completa e usando programas curtos;
 
marca Na lavagem da roupa e da loiça à mão usar apenas a água necessária;
 
marca Fazer uma leitura regular do contador para saber a quantidade de água que se está a gastar;
 
marca Utilizar como período de rega: antes das 7 horas da manhã ou após as 6 horas da tarde.

Em situação de seca

marca Além das medidas anteriormente enumeradas:
 
marca Diminuir a quantidade de água no autoclismo colocando no seu depósito uma garrafa de plástico cheia de areia ou de água, de forma a que não fique a flutuar;
 
marca Em caso de cortes no fornecimento de água, encher apenas as vasilhas estritamente necessárias para o seu consumo;
 
marca Não encher piscinas;
 
marca Reutilizar a água sempre que possível (exemplo: rega).

 

A ÁGUA é indispensável à VIDA!

É preciso que TODOS POUPEM A ÁGUA!

 


 


 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 


 


 


 


 

 

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