Portugal atravessa
um período de seca, desde Dezembro último. A
chuva que caiu nos últimos dias não resolveram o
problema nem alterou os níveis de armazenamento
das barragens do país, ou seja, foi insuficiente
para inverter a tendência de seca.
Apesar de nas últimas semanas a situação ter melhorado
no Norte e Centro do país com a chuva dos
últimos dias de Março, ainda assim, no final
desse mês, 26% do território nacional estava com
classificação de seca fraca. Duas semanas antes,
88% do país estava com classificação de seca
extrema ou grave. Algarve, Alentejo e distrito
de Lisboa, a situação continua má, devido ao
facto de chover pouco.
A seca tem causado grandes impactos sobretudo nas
actividades agrícolas, pois causa o esgotamento
de stocks de palhas, de fenos e de silagens na
maioria das explorações agrícolas e, por isso, o
recurso anormal a rações industriais e
aquisições de palhas e fenos no exterior do
país, a preços muito elevados. Se não chover
ainda este mês, as consequências podem ser
dramáticas também noutros sectores, tais como, a
economia, o ambiente, fogos e o abastecimento de
água às populações.
O número de habitantes afectados por problemas de
abastecimento de água devido á seca subiu cerca
de 5 mil, no ultimo mês, para 32 mil. Os
problemas mais significativos foram
identificados em pequenos aglomerados,
geralmente servidos por origens de água
subterrâneas, nos distritos de Beja, Guarda,
Viseu e Bragança.
Em Bragança, todo o concelho está abrangido nas
dificuldades de abastecimento, indicando-se como
medidas de mitigação a procura de origens de
água alternativas e campanhas de sensibilização.
Os portugueses têm que se habituar á persistência
destas situações. Mais importante têm que fazer
uma gestão eficiente dos recursos hídricos nos
períodos entre as secas, e esta é a forma de
prevenir secas com alguma severidade, que são
fenómenos naturais com tendência para ir
persistindo.
Temos de saber
agir com um bem que é escasso.
Desperdiçamos água de forma constante mesmo nos
anos em que deveríamos reservá-la. Assim
apelamos aos cidadãos a apostar na poupança
e no combate ao desperdício de água,
desafiando deste modo, a alterar comportamentos
e a fazer algumas remodelações em casa.
MEDIDAS DE
MINIMIZAÇÃO DOS EFEITOS DAS SECAS
A prevenção e a minimização dos efeitos
de uma seca passa também pela alteração do
comportamento individual de cada pessoa no que
respeita ao consumo de água antes e durante a
evolução de uma seca. A água é um recurso
natural limitado e essencial à vida. A sua
conservação deve merecer-nos, em qualquer
altura, certos cuidados. Medidas simples e
adequadas contribuem para uma gestão equilibrada
do consumo de água:
Em situação normal
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Manter
toda a canalização doméstica em bom
estado por forma a não haver perdas nas
torneiras, nos autoclismos, nos
esquentadores, nas máquinas de lavar e
nas junções;
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Instalação
de reguladores de caudal nas torneiras;
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Instalação
de autoclismos com sistemas de redução
de volume de água para descarga;
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Evitar os
banhos de imersão e tomar duches
rápidos;
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Usar
apenas a água indispensável nas outras
lavagens de higiene pessoal, mantendo
tapado o orifício da bacia;
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Não deixar
a água correr durante a lavagem dos
dentes;
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Lavar a
roupa ou a loiça nas máquinas, com a
respectiva carga completa e usando
programas curtos;
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Na lavagem
da roupa e da loiça à mão usar apenas a
água necessária;
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Fazer uma
leitura regular do contador para saber a
quantidade de água que se está a gastar;
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Utilizar
como período de rega: antes das 7 horas
da manhã ou após as 6 horas da tarde.
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Em situação de seca
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Além das
medidas anteriormente enumeradas:
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Diminuir a
quantidade de água no autoclismo
colocando no seu depósito uma garrafa de
plástico cheia de areia ou de água, de
forma a que não fique a flutuar;
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Em caso de
cortes no fornecimento de água, encher
apenas as vasilhas estritamente
necessárias para o seu consumo;
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Não encher
piscinas;
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Reutilizar
a água sempre que possível (exemplo:
rega). |
A ÁGUA é
indispensável à VIDA!
É preciso que
TODOS POUPEM A ÁGUA!
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Se
estás interessado, discute o tema no Blog da
EcoESAB
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